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Problemas Amorosos

“Sepultar os mortos; cuidar dos vivos; fechar os portos”

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General Pedro D’Almeida, o Marquês de Alorna, o que se havia de fazer. Ele respondeu ao Rei:

“Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.

Em matéria de relacionamento, essa resposta direta e objetiva tem muito a nos ensinar.

Qual relacionamento amoroso nunca enfrentou uma crise?

Então, como superá-las?

Muitas vezes, o casal consegue construir uma saída para o problema, mas não consegue enterrar os mortos. A crise solucionada passa a ser um fantasma, que insiste em ressuscitar a cada nova discussão. Cobranças e acusações requentadas vão minando a possibilidade de uma relação saudável.

É preciso, de fato, sepultar o passado e escolher construir o futuro. Nos ocuparmos do que já foi é desperdiçar energia que poderia ser usada para melhorar relação.

Cuidar dos vivos!

Sim, cuidar do presente, dos sentimentos que ficaram, da realidade que se apresenta, pois é no hoje que a vida acontece.

O aqui e agora é o momento da ação. É quando podemos construir a mudança, alterar rumos e aparar as arestas.

A felicidade se concretiza no presente!

Vivenciar o presente de forma consciente é a melhor forma de acalmar nossa mente e fugir daquele monólogo mental ininterrupto que nos mantém presos na armadilha da preocupação excessiva com o passado ou com o futuro. E isso, sem dúvidas, nos faz perder a conexão com o que de fato o relacionamento precisa naquele momento.

E finalmente, fechar os portos!

Fechar as fronteiras que protegem o casal, para evitar que novos problemas surjam enquanto se está cuidando das feridas que se se abriram durante a crise que se passou.

É comum ficarmos tão ocupados em salvar o que restou do relacionamento a dois, que acabamos vulneráveis a ameaças externas, como interferência exagerada dos familiares ou amigos, casos extraconjugais, problemas com os filhos e por aí vai…

Fechar aos portos significa manter o foco no resgate das bases que sustentam a relação, sem abrir a guarda para que novos problemas interfiram nesse processo.

As crises podem ser momentos de grandes aprendizagens para o casal: respeito aos próprios limites e aos limites do outro, fortalecimento dos laços afetivos, expressão autêntica dos sentimentos, melhora na qualidade da comunicação, entre outras.

Diante das dificuldades, cabe a cada casal decidir quais rumos o relacionamento irá tomar. Se a opção for batalhar pela relação, não se esqueça: “Sepulte os mortos, cuide dos vivos e feche os portos”.

O retorno é certo e virá da alegria, segurança e harmonia que um relacionamento ajustado e equilibrado proporciona.

Eudileia de Fátima Marcelino

Pedagoga, Psicóloga, Pós-graduada em Psicologia Clínica e especializada no atendimento de casais.  Acredito que é na relação que temos as melhores oportunidades para nos desenvolvermos plenamente. O relacionamento amoroso, em especial, nos convida a grandes aprendizagens, por isto sou apaixonada pelo trabalho com casais. Um relacionamento harmonioso, leve e feliz não é privilégio de alguns, é uma construção possível e extremamente compensadora.

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